Na manhã do dia 29 de outubro a Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública no plenário 6, sobre a abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros e o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, que estabeleceu cotas para entrada de produtos lácteos do bloco europeu no Brasil com isenção de tarifas de importação.
A Audiência Pública foi proveniente de requerimentos efetuados pelos deputados Celso Maldaner (MDB-SC) e Jerônimo Goergen (PP-RS).
O deputado Maldaner comentou que os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. “Essa abertura pode gerar impacto positivo para a cadeia produtiva do leite, que atualmente passa por um momento de enormes dificuldades e envolve aproximadamente 1,2 milhão de pequenos produtores”, avaliou o parlamentar.
No entanto, o parlamentar acrescenta que o acordo com a União Europeia vai facilitar a entrada de produtos lácteos europeus no País e ” exigir da cadeia de produção brasileira um salto de qualidade e competitividade jamais visto, e poderá demandar um grande investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas técnicas produtivas”, afirma.
O objetivo do debate, foi de tomar conhecimento das diretrizes, metas e estratégias governamentais e privadas, com o objetivo otimizar os benefícios a esse importante setor da economia brasileira.
Foram convidados para discutir o assunto representantes dos ministérios da Agricultura, Econonia e Relações Internacionais, da Apex-Brasil, da Embrapa, ABRALEITE, CNA, OCB e Viva Lácteos.
Apenas o Ministério da Economia não compareceu à Audiência Pública, o que foi cobrado pelo presidente da ABRALEITE, pelo fato que parte dos problemas da cadeia produtiva do leite brasileira é justamente a falta de preço competitivo dos produtos lácteos brasileiros perante o mercado internacional, por causa de excessiva tributação, ausência de incentivos e subsídios, sendo necessária uma desoneração da cadeia produtiva do leite como um todo.
O aumento da competitividade do produto brasileiro através de preços mais competitivos foi colocado pelos representantes da ABRALEITE e da Viva Lácteos, como fundamental para que o acordo do Mercosul com a União Europeia seja benéfico ao Brasil.
A abertura do mercado chinês poderá trazer expansão significativa nas exportações de lácteos produzidos no Brasil, porém agendas necessárias, como desoneração da cadeia produtiva do leite, a melhoria da qualidade e o controle da sanidade dos rebanhos nacionais, foram citados como pontos prioritários para aumentar a competitividade da cadeia láctea brasileira, frente ao novo acordo Mercosul/União Europeia e para os novos mercados abertos como China e Egito.
Assista a participação do presidente da ABRALEITE no vídeo abaixo:
Assista toda audiência pública no link abaixo:
https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/58249
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