Na região de Taperóa, no Cariri Paraibano, a 260 quilômetros da capital, o engenheiro Manoel Dantas Vilar Filho, juntamente com o escritor Ariano Suassuna, seu primo, conseguiu fazer brotar na Fazenda Carnaúba uma fábrica artesanal de queijos premiados no Brasil, despertando até mesmo o interesse do exterior.
Denominado Laticínio Grupiara, ele é capaz de processar 1.500 litros de leite de cabra por dia, que resultam em 180 quilos de queijo equivalentes a de 800 peças.
O laticínio recebeu este nome pelo escritor, que significa “veio de diamantes”, numa alusão à preciosidade da fazenda e seus queijos.
Os resultados da Fazenda são provenientes de muito trabalho que vem sendo desempenhado desde 1970, quando os primos iniciaram a criação de cabras.
Após dois anos do início da criação, eles tinham menos de 150 animais, atualmente são 2.300 cabras, o maior rebanho de raças nativas do Brasil .
Hoje os queijos são vendidos em lojas especializadas e mercados espalhados pelo Brasil.
Manoel Dantas Vilar e Ariano Suassuna receberam convite para mostrá-los na França, país ícone como a Suíça em matéria de queijos.
Após muitos anos de persistência, Manelito Dantas descreve o que vê hoje em suas terras: “Enxergava que iríamos chegar onde estamos hoje. Uma mistura de sonho e consciência”.
Os filhos de Manelito hoje atuam firmemente na Fazenda Carnaúba junto ao pai, lidando com a criação de Sindi e Guzerá leiteiro e cabras leiteiras, bem como na produção dos famosos queijos da Taperoá.
Joaquim Dantas Vilar um dos 5 filhos é membro do Conselho de Representantes Estaduais da ABRALEITE pela Paraíba, da Comissão de Queijo e Derivados Lácteos Artesanais da ABRALEITE e da Comissão de Caprinocultura da CNA.