Na Megaleite as importações predatórias de leite do Mercosul são criticadas e entidades que se unem para combatê-las

Políticos, lideranças, criadores e produtores do setor criticaram as importações predatórias de leite da Argentina e do Uruguai que ameaçam a atividade leiteira no Brasil. As críticas foram o tom dos discursos da Abertura da 18ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite 2023), realizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte de 7 a 10 de junho, com a presença de bovídeos leiteiros.

Aconteceram reuniões importantes durante a Megaleite, como a da Comissão de Leite da CNA, Encontros Regional e Nacional dos Conseleites e Reunião da Comissão de Leite do Sistema Faemg/Senar. Em todos esses eventos as entidades representantes do setor da pecuária leiteira criticaram fortemente e debateram a importação predatória de leite subsidiado, do Uruguai e Argentina. A ABRALEITE se fez presente e participou juntamente com CNA, OCB, Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite, OCEMG, Girolando e outras entidades do setor, que se uniram no sentido de combater essas importações predatórias, que bateram recorde nos últimos meses. Considerando-se o primeiro quadrimestre, o volume importado neste ano foi três vezes superior ao adquirido no mesmo período do ano passado.

“Estamos sofrendo um ataque desleal, que é a importação de leite em pó, muitas vezes subsidiado nos países de origem, entrando aqui de forma desleal para o nosso produtor e isso afeta, principalmente, o pequeno produtor. Estamos trabalhando fortemente este tema, não só com a CNA, mas junto com as cooperativas, Ocemg, Girolando, ABRALEITE e OCB, para que a gente impeça esse comércio predatório”, explicou o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio Pitangui de Salvo.

Jônadan Ma que é presidente da Comissão de Leite do Sistema Faemg/Senar e vice-presidente da Comissão de Leite da CNA, disse: “Vimos quão importante foi ter oportunidade de nos associar à outras instituições convidadas. Isso vai dar mais força na hora de buscar uma solução, principalmente nesta questão mais emergencial que é a importação predatória do leite”.

O presidente da Comissão de Leite da CNA, Ronei Volpi, e o presidente da ABRALEITE, Geraldo Borges, participaram ativamente dessas reuniões e encontros nos dias 7 e 8 de junho na Megaleite. 

“Esse problema antigo e cíclico das importações predatórias de leite da Argentina e do Uruguai voltou a trazer danos à cadeia produtiva do leite do Brasil, sobretudo aos produtores de leite, que não poderiam estar passando por isso agora na entressafra, quando deveria aumentar e não abaixar o preço do leite pago ao produtor. Vamos lutar em conjunto com as outras entidades do nosso setor para solução desse problema” falou o presidente da ABRALEITE, Geraldo Borges.