ABRALEITE participa de ato “Minas grita pelo leite” e governo de Minas anuncia medida de proteção aos produtores de leite

No ato “Minas grita pelo leite”, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) nesta segunda-feira, 18 de março, em Belo Horizonte, com o apoio de entidades como ABRALEITE, CNA, OCB e FPPL entre outros, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou uma decisão em favor dos produtores locais de leite.

Zema declarou que as empresas importadoras de leite em pó serão retiradas do Regime Especial de Tributação. Essa medida atende diretamente a uma demanda antiga dos produtores mineiros, que têm enfrentado desafios significativos devido à concorrência desleal no mercado.

“Em Minas, defendemos aqueles que trabalham no campo, produzem e geram empregos. Para garantir uma competição justa para mais de 220 mil produtores de leite do estado, estamos retirando as importadoras de leite em pó do Regime Especial de Tributação, passando a aplicar o ICMS de 18%”, afirmou Zema durante o evento.

Os produtores mineiros têm apontado a facilidade de importação do leite em pó como uma fonte de competição desleal que tem prejudicado o mercado local.

O protesto realizado no Expominas, contou com a participação de mais de 7.000 pessoas, incluindo produtores, diversas autoridades e deputados estaduais e federais. Entre eles estavam a deputada federal Ana Paula Junqueira, Presidente do FPPL, deputados federais Domingos Savio, Emidinho Madeira, Rafael Simões e Zé Vitor, o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB), e o vice-governador Professor Mateus Simões (Novo).

A ABRALEITE também teve uma presença marcante, com seu 2° vice-presidente, Maurício Silveira Coelho, representando a entidade. Muitos diretores, conselheiros e associados da ABRALEITE contribuíram para a mobilização dos produtores e participaram ativamente do evento.

Ao término do ato, os presentes assinaram um manifesto com quatro reivindicações básicas: suspensão das importações dos países do Mercosul ou adoção de medidas compensatórias; Plano Nacional de Renegociação de dívidas dos produtores de leite; inserção permanente do leite nos programas sociais do Governo Federal; fiscalização do Decreto nº 11.732/2023.

Além disso, deram início a um cronômetro simbólico que será fixado em frente à sede da FAEMG para contabilizar o tempo que o governo federal levará para responder às demandas dos produtores. Essa iniciativa reflete a determinação dos envolvidos em buscar soluções concretas e imediatas para os desafios enfrentados pelo setor leiteiro em Minas Gerais.

“Eu saio deste evento motivado e esperançoso de que os políticos possam se unir em Brasília e pressionar o Governo Federal para que ele atue em favor do produtor de leite mineiro e brasileiro”, disse o 2° vice-presidente da ABRALEITE Maurício Silveira Coelho.

Por Agência Agrovenki