Presidente da ABRALEITE defende políticas públicas de fomento à cadeia produtiva dos lácteos

Geraldo Borges participou, nesta segunda-feira (19), do Fórum Brasileiro do Agronegócio, evento on-line, que reuniu as principais lideranças do agro nacional. Assista ao vídeo:

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE), Geraldo Borges, defendeu, nesta segunda-feira (19), o desenvolvimento de novas políticas públicas para a cadeia produtiva do leite, que possam ampliar o acesso dos produtores a novas tecnologias – especialmente digitais -, bem como assegurar retorno financeiro justo para a atividade. O dirigente participou do Fórum Brasileiro do Agronegócio, evento on-line, que reuniu as principais lideranças do agro nacional.

“Somos o terceiro maior produtor mundial de lácteos, e temos potencial para, certamente, chegarmos a primeira posição, assim como nos tornarmos grandes exportadores. Produtores e laticínios vêm ano a ano melhorando processos, investindo em segurança sanitária, rastreabilidade, originação, entregando produtos lácteos de cada vez maior qualidade, mas o segmento como um todo carece de medidas de fomento, que podem ser impulsionadas por meio de parcerias público-privadas”, ressaltou.

De acordo com o Presidente da ABRALEITE, atualmente a cadeia produtiva do leite contempla cerca de 5,3 milhões de famílias no campo, estando presente em praticamente todos os municípios de todos os Estados, e emprega aproximadamente 20 milhões pessoas entre trabalhadores diretos e indiretos.

“Precisamos também melhorar o consumo interno, que hoje se situa em torno de 170 litros per capita ao ano e que depende da situação econômica do país, mas também de um marketing positivo dos produtos, dos produtores e da atividade como um todo. Temos confiança e trabalhamos para atingir percentuais próximos a de países como França e Suíça – aproximadamente 350 litros per capita/ano.”

Em sua fala, o dirigente também destacou trabalho que tem sido desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite, destinado a criar inovações e novas tecnologias, com foco no conceito do “leite 4.0”. Neste sentido, Borges chamou a atenção para necessidade de maior cobertura de internet no campo. “É preciso ampliar a conectividade nas áreas rurais. As ferramentas digitais são imprescindíveis para que o produtor melhore produtividade, corte custos e aumente sua competitividade.”

Ademais, o presidente da ABRALEITE alertou, ainda, para necessidade de maiores investimentos em Ciências Agrárias – que foi o que alçou o Brasil a ser um gigante no agronegócio -, bem como do desafio que o setor tem de se comunicar melhor além da porteira, com a sociedade em geral.

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